Palpitações no peito, falta de ar, uma sensação muito grande de medo. Muitas vezes esses sintomas são associados a uma crise de ansiedade, mas você sabia que eles também podem indicar uma síndrome do pânico?

É comum confundir essas condições por causa de alguns sintomas semelhantes, mas os dois transtornos têm particularidades, causas e intensidades diferentes, o que é bastante importante na hora do diagnóstico e tratamento.

Por isso, ainda no mês do Setembro Amarelo, a Granato separou algumas informações importantes sobre cada um dos transtornos e quais são as diferenças entre eles.

O que é a síndrome do pânico?

A síndrome  ou transtorno do pânico é caracterizada por episódios recorrentes e inesperados de intensas crises de ansiedade, que são frequentemente acompanhados por sintomas físicos e emocionais.

Apesar de, geralmente, a crise ser relativamente curta, a intensidade dos sintomas podem chegar em seu nível máximo em até 10 minutos, o que faz a pessoa experimentar uma sensação aterrorizante de que vai morrer ou de que perdeu o total controle sobre si mesma.

Como esses ataques podem ocorrer de forma aparentemente aleatória (ou seja, sem um motivo ou gatilho óbvios), a pessoa que já passou por uma síndrome do pânico costuma ficar bastante ansiosa e tensionada, com medo de que aconteça de novo.

Principais sintomas

• Palpitação ou taquicardia
• Dor ou desconforto no peito
• Falta de ar ou sensação de sufocamento
• Náusea ou tontura
• Tremores repentinos
• Ondas de calor ou calafrios
• Adormecimento ou formigamentos constantes
• Medo intenso de morrer, perder o controle ou enlouquecer
• Impressão de desligamento do mundo exterior (despersonalização)
• Distorção da realidade (dificuldade de diferenciar entre real e fantasia)

É importante destacar que muitos pacientes que sofrem com a síndrome do pânico apresentam quadros de depressão.

O que é o transtorno de ansiedade?

É preciso entender que se sentir muito animado ou preocupado com alguma coisa (o que muitas vezes chamamos de “estar ansioso”) é algo completamente normal. O problema é quando essas reações de ansiedade começam a ser desproporcionais ao tipo de situação que você está vivenciando.

Quando a intensidade ou recorrência começa a atrapalhar no dia a dia, já estamos falando de um Transtorno de Ansiedade, que é um distúrbio mais sério do que as pessoas imaginam.

Além de já ser desconfortável viver com essa sensação constante, outro grande perigo do transtorno de ansiedade é desencadear reações piores. Se não tratado corretamente, esses episódios podem se desenvolver para ataques de pânic ou aumentar a possibilidade de transtornos obsessivo-compulsivo (TOC) e depressão.

Qual a diferença entre síndrome do pânico e ansiedade?

Apesar de terem alguns sintomas parecidos, os dois transtornos são muito diferentes, principalmente na intensidade e no que pode desencadear uma crise.

Enquanto a síndrome do pânico se caracteriza por episódios agudos e intensos de medo, podendo ocorrer sem um gatilho específico, a ansiedade geralmente é uma sensação mais crônica e persistente, estando ligada a preocupações específicas.

Apesar dos dois apresentarem sinais físicos, os sintomas durante um ataque do pânico são muito mais intensos, dando a sensação de que a pessoa pode realmente morrer. Por isso, é também mais comum que pessoas com síndrome do pânico apresentem “comportamentos de evitação”, como tentativa de evitar outro ataque.

Os transtornos têm cura?

As duas são condições tratáveis, com controle dos sintomas e grande melhora na qualidade de vida dos pacientes.

Os tratamentos também variam bastante de acordo com a causa e intensidade de cada episódio, mas geralmente envolvem terapia, medicamentos ou até a combinação dos dois.

O indispensável é realizar o acompanhamento profissional, seja com o psicólogo ou com o psiquiatra. Os especialistas vão fazer uma análise profunda e individual de cada caso, indicando o tratamento mais adequado e ajudando o paciente a lidar com toda a situação da melhor forma possível.