Diversos estudos apontam que a maior parte do público masculino só busca assistência médica em casos graves ou por insistência da família. É uma questão mais complexa do que parece, uma vez que está relacionada à ideia do que é ser homem: o braço forte da casa, principal provedor, o que aguenta qualquer adversidade.

É preocupante o estereótipo que reforça a imagem de homens que não podem demonstrar fraqueza, fragilidade ou adoecer, e logo, torna-se um impedimento para buscar ajuda médica.

Mas como quebrar essa resistência em cuidar da saúde?

Entendemos que deve haver um investimento maior em campanhas voltadas para o público masculino. É preciso, acima de tudo, quebrar o mito de que homem não fica doente e não precisa cuidar da saúde, e também, trazer para o foco as doenças que mais comuns entre o gênero, como câncer de próstata, andropausa, colesterol, pressão alta, entre outras.

Andropausa e a saúde do homem 50+

A andropausa é a diminuição lenta de testosterona no sangue, que é o hormônio responsável por controlar o desejo sexual, a ereção, a produção de espermatozoides e a força dos músculos.

Os principais sintomas de andropausa são alterações repentinas de humor e fadiga que surgem em homens por volta dos 50 anos de idade, quando a produção de testosterona no organismo começa a diminuir.

Essa fase nos homens é semelhante ao período da menopausa das mulheres, quando também ocorre a diminuição dos hormônios femininos no corpo e, por isso, a andropausa pode ser conhecida popularmente como ‘menopausa masculina’. Acontece que as mudanças causadas por ela são frequentemente ignoradas pelos homens e como ignorar qualquer indicação de má saúde pode ser habitual, como falamos no início, é importante identificar os sintomas da andropausa e fazer acompanhamento médico para equilibrar a qualidade de vida.

Caso ache que pode estar entrando na andropausa, verifique se está com alguns desses sintomas:

⦁ Falta de energia e cansaço excessivo;
⦁ Sentimentos de tristeza frequentes;
⦁ Sudorese e ondas de calor;
⦁ Diminuição do desejo sexual;
⦁ Diminuição da capacidade de ereção;
⦁ Ausência de ereções espontâneas pela manhã;
⦁ Diminuição de pelos no corpo, incluindo na barba;
⦁ Diminuição da massa muscular;
⦁ Dificuldade de concentração e problemas de memória.

É importante lembrar que a maior parte dos homens apresenta apenas alguns desses sintomas, mas é sempre importante consultar um endocrinologista ou um urologista, para avaliar a saúde e prevenir problemas de saúde, como osteoporose e a anemia, que também são comuns nessa fase da vida.

Como confirmar o diagnóstico

A andropausa pode ser facilmente identificada através de um exame de sangue que mede a quantidade de testosterona no corpo. Assim, homens com mais de 50 anos com sintomas que possam indicar diminuição dos níveis de testosterona devem consultar o médico.

Como aliviar os sintomas da andropausa

O tratamento da andropausa, geralmente, é feito com o uso de medicamentos que aumentam os níveis de testosterona no sangue, através de comprimidos ou injeções, no entanto, o urologista ou o endocrinologista são os médicos que devem avaliar e indicar o tratamento mais adequado.

Além disso, é ainda importante ter hábitos de vida saudáveis como:

Fazer uma dieta equilibrada e variada;
Praticar exercícios 2 ou 3 vezes por semana;
Dormir de 7 a 8 horas por noite.

Em casos mais severos, em que o homem apresenta sinais de depressão, ainda pode ser necessário fazer psicoterapia ou iniciar o uso de antidepressivos.

Possíveis consequências

As consequências da andropausa estão relacionadas com a redução dos níveis de testosterona no sangue, principalmente quando o tratamento não é feito e inclui osteoporose, que leva ao aumento do risco de fraturas, e anemia, pois a testosterona estimula a produção de glóbulos vermelhos.

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Vamos desmistificar a ideia de que homens requerem menos cuidados do que mulheres. Saúde é saúde, independente do gênero.
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