Alto nível de foco e concentração, pressão para alcançar resultados e medalhas, ter o mundo inteiro de olho na sua performance e torcendo tanto a favor quanto contra você.

Essas são algumas das coisas que os atletas precisam se preocupar enquanto disputam no mais alto nível da sua modalidade nas Olimpíadas.

Felizmente, nessa edição dos Jogos, a saúde mental foi pauta entre diversos atletas, que reforçaram a importância de cuidar também do lado psicológico.

Por isso, a Granato separou alguns desses casos de mais destaque para mostrar como a saúde mental é importante em todos os âmbitos.

1. Simone Biles – Ginástica Artística 

Um dos casos mais famosos sobre o assunto é o da ginasta Simone Biles.

Em 2021, nas Olimpíadas de Tóquio, a norte-americana chegou a desistir de algumas finais em provas individuais por conta da pressão psicológica que estava enfrentando. Além disso, a atleta ficou afastada de competições em geral por quase dois anos para cuidar da sua saúde mental, voltando a competir somente em outubro de 2023.

No caso da ginasta, o que a fez procurar ajuda foi o chamado “twisties”. O fenômeno psicológico faz com que os atletas percam momentaneamente a noção de espaço e pode ser potencializado pelo estresse e pressão da competição.

Além de prejudicar o desempenho nas provas, o problema pode provocar lesões graves, especialmente em esportes que exigem manobras e movimentos arriscados, como é o caso da ginástica.

2. Rebeca Andrade – Ginástica Artística

Na mesma modalidade, a brasileira Rebeca Andrade (que ganhou 1 ouro, 2 pratas e 1 bronze em Paris) atribuiu muito das suas conquistas ao seu trabalho contínuo com a psicóloga.

Durante a competição, o próprio público se chocou com a tranquilidade da ginasta, mesmo minutos antes de se apresentar.

Mas como a própria compartilhou, ela precisa estar tranquila e concentrada para a sua rotina, controlando não somente o corpo, mas também a mente.

3. Isaquias Queiroz – Canoagem

Já na canoagem, o brasileiro Isaquias Queiroz (que conquistou a medalha de prata na edição) também reforçou a importância de cuidar da mente. Para competir em alto nível, o atleta compartilhou que precisou dar um passo atrás para descansar e passar um tempo com a família.

Com uma rotina pesada de treinos e muito esforço, o brasileiro estava se sentindo esgotado e sobrecarregado. Entretanto, ao perceber que não seria saudável continuar dessa forma, Isaquias pediu ajuda e começou a fazer tratamento psicológico.

O resultado? Conquistou mais uma medalha olímpica em uma disputa que exigiu força mental para não sucumbir.

4. Rayssa Leal – Skate

Conhecida como Fadinha, a brasileira Rayssa Leal foi a atleta brasileira mais jovem a receber uma medalha olímpica, quando ganhou a prata nos Jogos de Tóquio, com apenas 13 anos.

O sucesso precoce, entretanto, também afetou o psicológico da skatista, que teve que aprender a lidar com a pressão ainda muito nova.

Além disso, Rayssa já compartilhou que às vezes tem um tipo de “bloqueio”, em que a sua mente tenta a convencer de não enfrentar certos obstáculos na pista. Então, para superar isso, ela reforça como o acompanhamento com o psicólogo faz todo o diferencial na sua vida de atleta.

Agora é a sua vez de cuidar da saúde mental!

Esses são apenas alguns dos vários casos de atletas que levantaram a bola da saúde mental nesta edição das Olimpíadas, mas já são o suficiente para mostrar a importância de procurar a ajuda psicológica ou psiquiatra.

Sentimentos e sintomas como cansaço, tristeza, estresse e ansiedade em níveis extremos não são coisas normais. Lidar com toda essa pressão, seja qual for a origem, pode te deixar sobrecarregado e atrapalhar até as atividades mais simples do dia a dia.

Então, lembre-se: cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo!

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